As Escrituras dizem que há uma porta entre nós e o Senhor. Esta ideia simples dá-nos uma ilustração poderosa da natureza imutável do Seu amor por nós e da liberdade com que fomos abençoados.
No livro do Apocalipse, o Senhor instrui o Seu servo João a escrever cartas a cada uma das "sete igrejas que estão na Ásia" (Apocalipse 1:11). Duas dessas cartas - a sexta para a igreja de Filadélfia e a sétima para Laodicéia - mencionam portas.
A igreja de Filadélfia parece ser a melhor das sete. Na maioria das cartas, o Senhor elogia as igrejas pelo que estão fazendo bem, e também dirige sua atenção para o que precisam fazer melhor, mas para Filadélfia, Ele só tem palavras de elogio, dizendo, em parte
Eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; porque tens pouca força, guardaste a minha palavra, e não negaste o meu nome. (Apocalipse 3:9)
Neste versículo, o Senhor não diz diretamente o que está do outro lado desta porta aberta. Será o céu? Será o paraíso? Seja o que for, é claramente bom - e chama por nós. Uma porta aberta é um convite. A imagem evocada neste versículo é a de uma porta cheia de luz.
A sétima carta do livro do Apocalipse é escrita à igreja de Laodicéia - e Laodicéia parece ser a pior das sete igrejas. O Senhor não tem elogios para esta igreja, apenas admoestações. No entanto, Ele deixa claro que não desistiu dos laodiceanos, dizendo:
A todos quantos amo, eu repreendo e castigo. Portanto, sede
zelosos e arrependidos. Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo. (Apocalipse 3:19, 20)
A porta que estava diante de Filadélfia estava aberta, mas no caso de Laodicéia a porta estava fechada. A razão para isso é clara: Filadélfia guardou a palavra do Senhor (Apocalipse 3:8), enquanto Laodicéia imagina que não precisa de Deus (Apocalipse 3:17).
Quando estamos desinteressados do Senhor, a nossa tendência é para O apagar da nossa mente - para O excluir, como um visitante indesejado à porta. Ele dá-nos a liberdade de o fazer. Normalmente, não reconhecemos que essa liberdade é uma dádiva. Se o Senhor quisesse, poderia quebrar a porta e inundar nossa mente de luz. Mas Ele nos ama demais para entrar em nossas vidas à força. Em vez disso, Ele espera do lado de fora da porta fechada... mas não em silêncio. Ele bate à porta. Ele nos cutuca; Ele nos chama, silenciosa e continuamente. Podemos desejar que Ele se vá embora, mas Ele ama-nos demasiado para desistir de nós. Os ensinamentos da Nova Igreja dizem que, "O Senhor está presente com cada pessoa, insistindo e pressionando para ser recebido" (A Verdadeira Religião Cristã §766).
Se O recebemos ou não, depende de nós. Ele retém o Seu poder até que estejamos dispostos a abrir a porta - e então o Seu poder entra. Ele entra nas nossas mentes com presentes de alegria e amor, e ninguém os pode tirar de nós. A Sua força mantém a porta aberta. Por isso, Ele diz a Filadélfia: "Coloquei diante de ti uma porta aberta, e ninguém a pode fechar".
